quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

#17 - Não falarei sobre poker

EDIT

Não sei o que rolou com o blogspot, mas o antigo layout desse blog tava dando erro. Essa parte a direita aqui, com links, arquivos etc, estava aparecendo lááááá embaixo, após o último post. Como eu entendo muito de HTML (cof, cof, cof), a única solução foi mudar o layout todo pra consertar isso. Sick =///

FIM DO EDIT

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Se você precisa de alguém para fazer qualquer serviço, pode me chamar. É assim que funciona aqui em casa, então estou estendendo meus serviços a qualquer humilde frequentador desse blog.


Não adianta, por mais que eu tente explicar, esclarecer, ressaltar que “apesar de eu ficar grande parte do dia na frente do computador, em casa, é dali que eu tiro o meu sustento”, não adianta, sempre serei taxado de a toa e disponível á qualquer hora.


  • “Marcelo, vai chegar uma encomenda pra mim entre 13h-18h, receba ok? Ah, e o eletricista vai aparecer aqui à tarde também, ele já sabe o que fazer, mas não custa nada (HAN??!??!?!) você acompanhá-lo né?”
  • “Filho amado, será que você poderia olhar isso pra mim na internet? (Enquanto eu estou jogando 12 mesas...)
  • “Vá passear com o cachorro antes que ele tenha algum problema renal” (Opa, claro, e esse idiota que está doando dinheiro na mesa 3 eu deixo passar...)
  • “Venha me buscar no trabalho, filho”


Esses exemplos não são nem 10% do que eu tenho que ouvir/fazer o dia todo, mas serve apenas pra ilustrar como funciona aqui em casa. É meio que uma troca: meus pais fingem que aceitam eu ser um jogador de poker mas para isso, eu tenho que fazer absolutamente tudo o que eles me pedem, na hora que eles bem entendem, seguindo estritamente a agenda deles.


Há algum tempo eu já penso em me pirulitar daqui de casa e alugar um apartamento pra mim. Além desse motivo principal, há alguns secundários como:

  • fugir do barulho infernal que é aqui em casa (eu moro ao lado de uma pequena escola que atende até a oitava série, ou seja, os alunos são pirralhos e parecem que precisam gritar o mais alto possível pra evitar que o mundo acabe). Além do mais, nesse exato momento em que escrevo, rola uma apresentação de capoeira na escola, com uma cambada de gente gritando “PARANAUÊ PARANÁ, OLÊ OLÊ OLÁ OLA” em ritmo frenético, tocando tambores e outros apetrechos específicos de capoeiristas. Se você gosta disso, me perdoe, mas não consigo pensar em algo mais inútil do que a capoeira. Sério, qual a utilidade de se ficar tocando tambores, gritando, dando piruetas e chutando o vento? Existe algo mais inútil do que isso? Talvez apenas comentaristas de arbitragem em partidas de futebol se equiparam no quesito “existência inútil”.
  • ter o meu espaço, ter a minha agenda, ter o meu horário e não ter que parar de jogar a cada 20 minutos pra ter que fazer algo que eu não estou com a menor vontade de fazer mas que irei acabar fazendo (como falar não pra pai e mãe?).


Claro, a minha namorada, que parece que é a que mais entende da minha situação, apoiou a minha decisão de alugar um quarto e sala ou qualquer coisa que o valha, juntar as minhas trouxas e partir rumo ao desconhecido (tom meio poético/brega). Me apoiou até o momento em que eu disse que tinha arrumado um apartamento 3 quartos e que iria dividir com 2 outras mulheres, o que ela achou um absurdo tremendo.


Talvez ela assista mais filmes pornôs do que eu, pra imaginar que eu moraria com essas 2 garotas e que elas chegariam em casa, cansadas, carentes e partiriam sedentas de amor e tesão pra cima de mim. Assim como rola nos eróticos da vida, em que um simples rapaz vai entregar pizza em uma mansão com 11 mulheres que vivem de camisola e que tudo acaba em uma organizada orgia.

Isto é, ela me apoiava. Até o momento em que ela supostamente sairia prejudicada. Afinal, eu devo ser o homem mais lindo (e infiel) do universo e toda mulher que mora com homem sai logo se atirando no rapaz na primeira noite de carência.


Então, como eu já faço tudo o que me pedem (e todo mundo sabe que eu sou assim), não custava nada ela brecar e dizer que achava um absurdo e que não iria me apoiar. E óbvio, ela conseguiu. Bola pra frente, vai ver ela tem razão (tá vendo, já to achando que ela tá certa...).



Eu iria escrever mais, mas já estão me gritando aqui em casa. Como sou um funcionário de luxo dos outros habitantes aqui dessa humilde residência, estou indo lá. Fica aqui então registrado o meu desabafo. E o poker? Bem, se eu não tenho tempo nem de jogar, como vou ter tempo de escrever sobre poker?


Um abraço e boa sorte (pra quem joga) nas mesas
Marcelo




Um comentário:

  1. kkkkkkkkkkkkkkkkkk
    pai e mãe só mudam de endereço, não se preocupe, vocë nao é o único abençoado com a função de faz tudo da familia nao hehehe
    Eu agora não pois estou morando no japão, mas daqui 2 meses ja era, volto pra casa de mamãe e ja estou vendo (revendo) tudo aqui no seu blog hehehe

    VAlews!!!

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